Roda da vida
Velha promessa, manancial fluente,
rio despejado em fogo abrasador,
rompendo a aurora espargirá o sono,
cambaleando ébrio, vencendo a sua dor.
Alma insondável, pão e estrela,
peregrina, um canto, um louvor,
no vento frio procura o seu brilho,
suspira e um sopro elimina o temor.
No tempo soa a hora esquecida,
o enigma acaricia docemente,
no vão do tempo o guardião eterno.
Fica o feto, o osso e a terra.
Fica o templo, videiras e jardins.
Fica a noite, o dia e as estações.
Sonia Guzzi